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A Geração Prateada no Mercado de Trabalho

A Geração Prateada refere-se à população com 60 anos de idade ou mais que, segundo dados da ONU, representam 962 milhões de pessoas no mundo. No Brasil essa população chega a 32,8 milhões - conforme última pesquisa do IBGE - e estima-se que em 2050 o número de prateados no Brasil passará de 68,1 milhões, enquanto as crianças e adolescentes com até 14 anos serão 18,8 milhões.


Seguindo um pouco mais nas estatísticas e dados, hoje, 17 milhões de famílias brasileiras tem como o principal provedor uma pessoa acima dos 60 anos, ou seja, quase ¼ dos lares têm como responsável pelo sustento um prateado. Lembrando também que a expectativa de vida do brasileiro aumenta a cada ano, relacionando assim com o crescimento da inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.


A questão é que pesquisas e relatos revelam que essas pessoas se sentem invisíveis no mercado de trabalho ao alcançar tal idade e mesmo que muitas empresas já reconheçam esses dados, outras ainda acreditam que captar e contratar os jovens é mais produtivo e positivo para empresa. Porém considerando a contratação de profissionais maduros pode-se valorizar uma extensa bagagem pessoal e profissional, normalmente absorvendo uma mão de obra bastante qualificada.


Outro motivo para refletir sobre a contratação desses profissionais é o perfil comportamental. Geralmente a experiência de vida faz com que esses profissionais sejam mais estáveis e tenham maior inteligência emocional, sabendo lidar com situações de tensão, sem se abater por qualquer motivo. Segundo análise do MIT (sigla em inglês para Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, profissionais acima de 60 anos conseguem identificar panoramas melhor do que outros trabalhadores, podendo assim contribuir para o crescimento da empresa. Portanto o equilíbrio entre a experiência dos mais velhos e a sede de conhecimento dos mais novos pode ser a receita para um time forte.


Empresas como BMW, Vivo, Pepsico e Unilever tiveram iniciativas positivas de contratação de pessoas com +50 contribuindo para a influenciar e ampliar a visão de muitas empresas que ainda não fizeram esse movimento. O movimento Liga Labora, por exemplo, tem como meta criar 100 mil postos de trabalho para profissionais com mais de 50 anos. Os 15 executivos de grandes empresas reunidos nesse projeto têm como missão eliminar os gaps que distanciam a população sênior do mercado e acelerar o processo de inclusão da diversidade geracional.
Além das empresas e do setor de recursos humanos quebrarem certos paradigmas, fica como papel da sociedade como um todo entender que os tempos são outros, que os profissionais experientes continuam no mercado de trabalho por necessidade ou escolha pessoal. Só assim conseguiremos alcançar a inclusão e a diversidade que tanto valorizamos.


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