Como gerenciar colaboradores no processo de retomada das atividades
Empresas lidam com um grande desafio que é a gestão do risco em meio a pandemia
Ao longo de décadas, os empresários sempre tiveram a preocupação de fazer a gestão de riscos. No entanto, as preocupações sempre foram essencialmente financeiras, tributárias e trabalhistas. O cenário da pandemia da COVID-19 trouxe um ingrediente que, para muitos, é inédito. A gestão do risco à própria saúde e condição dos seus colaboradores, na medida em que precisarão retornar às suas atividades profissionais.
“Imagino cada empresário neste momento fazendo essa avaliação. Nunca e nesta proporção esteve tão em evidência a gestão de risco na saúde das pessoas. Por exemplo, se o funcionário estiver com medo de voltar? Como lidar com isso? O indicado é que se analise a necessidade ou não da presença física para o desempenho de sua atividade, mas outros fatores estarão envolvidos como a condição de deslocamento até o local de trabalho e o contexto no qual ele está inserido, uma vez que pode ser alguém que esteja cuidando de um parente no grupo de risco, ou que tenha filhos com os quais não pode deixar neste momento”, pondera o diretor da RH Mattos, Cassio Mattos.
Outro aspecto destacado pelo especialista é que diante da dificuldade muitas empresas conseguiram adequar bem as suas rotinas com o home office. Nos casos em que há uma condição boa de trabalho e execução das tarefas, não há necessidade de expor os colaboradores ao risco, simplesmente por retomar um modelo tradicional de trabalho.
“A volta ao trabalho de forma física vai implicar em riscos. Então estamos acreditando que essa retomada será de forma muito gradual sem nem haver a necessidade de imposição de regras das autoridades. Muitas empresas poderão não querer o risco de ter um funcionário adoecido. Então por que mudar uma regra se ela está dando certo?”, finaliza Cassio.