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Mulheres que venceram resistência e preconceitos

Exemplo de mulheres que trabalham como soldadoras em empresa de Gravataí serve de inspiração

 

A cada ano são superadas barreiras da histórica diferenciação entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Cargos e funções que, antes, eram uma exclusividade dos homens, passaram a ter a mão de obra feminina e todos saem ganhando: empresa e colaboradores.

A história de Priscila Assunção e Ângela Alves do Nascimento começou no processo de seleção executado pela RH Mattos para a empresa Perto, do grupo Digicon, localizada em Gravataí. Priscila, com 40 anos, estava desempregada e ansiosa por ter uma oportunidade, mas, ao mesmo tempo, com receio pelo histórico, uma vez que seria uma das primeiras soldadoras a ter a oportunidade de trabalho naquela função.

“Estou gostando da experiência, pois não existe diferença entre soldadores e soldadoras. Aqui somos colaboradores iguais sem diferença de sexo. O mesmo trabalho que eles elaboram nós também executamos e aprendemos todos dias. Quando amamos o que fazemos, não importa a função. Executamos com amor. A mulher neste século quebrou muito e tabus e mostrou que lugar de mulher é onde ela quiser. Basta acreditar e se empenhar”, afirma Priscila.

Ângela Alves do Nascimento, de 36 nos, viveu algo parecido com um sentimento grande de expectativa na hora da seleção.

“Estávamos competindo pela mesma vaga com os homens e uma mulher naquela função seria uma novidade. Fui tentando dar o melhor para ser contratada pela empresa. Aprendemos que mulher pode trabalhar onde quiser. Quando amamos o que fizemos nada fica difícil. O trabalho se torna fácil e prazeroso” disse Ângela.

De acordo com censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, a profissão de soldadora no Brasil representa 3% do total geral de soldadores registrados no país.